Eu amo a literatura pelo tanto que se aprende dentro das páginas dos livros. Não é somente a questão da fantasia que nos leva a inúmeros mundos diferentes e a criatividade rola solta, mas quando estamos lendo livros que colocam fatos reais sobre pessoas que realmente existiram, fazem com que a gente aprenda mais, sem ter aquela aula chata de história.

Nunca fui uma amate da arte em si. Não conheço muito nomes de artistas e pintores e muito menos de pintores mais antigos e do gênero com os quais eles trabalharam. Por isso tudo o que sei, por mais que tenha aprendido muito na escola e que já tenha esquecido, foi através dos livros.

Foto: Blog Sai da Minha Lente

No livro Ninfeias Negras, do autor Michel Bussi, que foi publicado este ano pela editora Arqueiro, a vida de Monet é retratada de diversas formas, tanto o seu trabalho quanto a sua vida na pequena cidade onde o pintor vivia, em Ginerny.  Já no início do livro o autor deixa uma escrita explicando que as descrições sobre o vilarejo, a casa de Monet, o seu lago de ninfeias e todos os lugares que são descritos são autênticos, como também a ocorrência dos roubos das obras de arte.


Lago de Monet em Giverny

"Mas Fanette na verdade tem um pouco de medo. James lhe explicou por que não gosta muito daquela casa. Segundo ele, por causa daquele moinho as Ninfeias de Monet quase não existiram. O moinho e o jardim de Monet estão construídos à beira do mesmo regato. Monet queria fazer uma barragem, instalar comportas, desviar a água para criar o seu laguinho. Ninguém no vilarejo concordou por causa das doenças, dos charcos, essas coisas. Principalmente os vizinhos. Principalmente os moradores do moinho. Isso rendeu muita história, Monet brigou com todo mundo, deu muito dinheiro também, escreveu para o prefeito, para um sujeito que ela também não conhece, um amigo de Monet, o nome dele é Clemenceau. E Monet acabou conseguindo o seu laguinho de nenúfares." --Pág. 67

Ponte Japonesa de Monet

"Viro um pouco mais adiante, no ponto em que o Ru se divide em dois braços fechados por uma barragem e por uma cascata. Do outro lado é possível antever os jardins de Monet, a ninfeias, a ponte japonesa, as estufas... Estranho: nasci aqui em 1926, ano em que Claude Monet faleceu. Por anos depois da sua morte, quase cinquenta, os jardins ficaram fechados, esquecidos, abandonados. Hoje a situação mudou e, todo ano, dezenas de milhares de japoneses, americanos, russos e australianos atravessam o planeta só para flanar por Giverny." --Pág. 16


Casa de Monet

"Amarelo.
O Cômodo é inteiramente amarelo. Paredes, móveis pintados, cadeiras. Sérénac se detém, espantado. Sua anfitriã se aproxima. 
- O senhor está agora na sala de jantar onde Claude Monet recebia seus convidados mais prestigiosos.
Laurenc admira o lustre da sala. Seu olhar acaba indo parar num quadro na parede. Um pastel de Renoir. Uma jovem setada, de perfil três quartos, com um imenso chapéu branco na cabeça. Ele chega mais perto, admirando o jogo do dégradé entre os tons dos longos cabelos escuros e da pelo de pêssego de modelo juvenil." -- Pág. 154





Como pode ver nos trechos citados retirados do livro de Michel Bussi, dá para aprender muita coisa sobre Claude Monet, também sobre sua família e sobre como ele não enriqueceu enquanto estava vivo e que hoje suas obras valem milhões.

Foi um aprendizado enorme sobre um pintor que hoje é bastante requisitado e muito bem elogiado, mas que durante a vida teve que lutar muito para ter suas obras vistas e até mesmo seu trabalho poder ser executado.

Quem quiser ler sobre a resenha de Ninfeias Negras poder ler ela completa aqui.