🌟LIVRO: As Vitoriosas
🌟AUTORA: Laetitia Colambani🌟EDITORA: Intrínseca🌟PÁGINAS: 190🌟LIDO DATA: 02/2025🌟Nota: 5/5🌟INSTAGRAM: @blogandolivros
SINOPSE:
O cliente de Solène, uma bem-sucedida advogada parisiense, não dera indício algum de que, ao ouvir sua sentença, atentaria contra a própria vida. Ela tampouco poderia imaginar que testemunhar a cena causaria o colapso de algo dentro de si. Paralisada, Solène sabe que a base que mantinha sua vida de pé ruiu. O médico atesta burnout e recomenda: “trabalho voluntário”. Mas, ao mesmo tempo que retomar a rotina confortável vivida até então não faz mais sentido, ela não tem ideia de como criar para si uma nova realidade.
Quando um anúncio inusitado no jornal a leva até o abrigo conhecido como Palais de La Femme, Solène encontra um grupo diversificado de mulheres, vindas de universos muito distantes do seu, e, aos poucos, começa a redescobrir um senso de propósito ao dedicar algumas horas semanais à função de escriba: no saguão do Palais, coloca-se à disposição das residentes para redigir cartas. Ela perceberá, no entanto, que, tanto quanto a de escrita, sua habilidade de escuta será crucial ali.
HISTÓRIA COM SPOILER DO LIVRO
Blanche era uma adolescente de 17 anos quando foi enviada para a Escócia pelos pais. Lá ela conheceu a liderança de um homem que criara um exército de pessoas que doavam todas as suas coisas e sua vida em prol de pessoas desfavorecidas.
Blanche virou uma ativa do exército e conheceu Albin, de 19 anos que também se alistara no exército. Ambos se casaram e foram trabalhar na França para fazer o Exército da Salvação aumentasse.
Blanche teve 6 filhos e enfrentou uma enorme descriminação. As pessoas não aceitavam aquele exército ou suas ideias de luta contra a pobreza.
Blanche nunca desistiu da luta. Quando ficou sabendo de um palácio que antes tinha servido para moradores solteiros antes da Primeira Guerra, percebeu que precisava do lugar para as mulheres sem-teto, para todas que sofriam todo tipo de violência. O lugar era imenso, com mais 700 quartos. Assim Blanche e Alvin foram atrás de doações e pessoas para conseguir comprar o local e reformá-lo.
Depois de muito tempo lutando conseguiram inaugurar o Palais de La Femme, em 1926, um refúgio para as mulheres. Blanche faleceu em 21 de maio de 1933, vindo de família rica, dedicou toda sua vida a pessoas desfavorecidas.
Solene acabou sofrendo um bournout como advogada. Agora precisava agir para poder sair da sua depressão. Foi indicada a fazer caridade. Solene resistiu mas foi trabalhar escrevendo cartas em um refúgio para mulheres.
Aos poucos foi conhecendo pessoas vulneráveis. Binta, que fugira de seu país para evitar a mutilação de sua pequena filha, mas que fora obrigada a deixar o seu filho.
Cynhja, que era feliz, mas sempre foi criada em orfanatos. Quando teve um filho achou que sua vida estava feita, mas nunca conseguiu dar o amor que também não recebeu e perdeu a guarda da criança.
Haviam diversas mulheres com muitos traumas. Solene começou a ajudar com a escrita de cartas e aos poucos foi entendendo a dor de cada mulher que ali lutavam para uma vida melhor,
No fim, Solene percebeu que estava ali para que aquela fosse sua luta e agora sua vida era contra a pobreza e os desfavorecidos.
CONSIDERAÇÕES:
Essa obra foi uma das que eu favoritei. Em primeiro lugar por contar um pouco sobre o exército da salvação que eu sabia que existia, mas não sabia que tinha se iniciado por um casal na Inglaterra.
E a forma como a autora escreve sobre cada personagem, sobre o lugar, sobre as dores de cada uma é dolorido e me fez refletir muito sobre a minha vida e o que eu faço pelo próximo.
Eu recomendo a qualquer pessoa esta obra.
👩 Greice Negrini