Robert morava em Riverston com a mãe Rosali e seu pai Noa em uma casa tranquila na década de 60. Riverston era considerada uma grande cidade, com mais de um milhão de habitantes e era ali que aquela família vivia feliz todos os seus dias. A felicidade de Robert era brincar diariamente com seu pai de avião, enquanto sua mãe preparava deliciosos jantares. Quando Robert completou cinco anos de idade, ele ganhou de presente de seu pai um pequeno violão, onde foi gravada as letras N&R, para que Robert sempre se lembrasse que fora seu pai quem dera aquele presente a ele. Infelizmente naquele mesmo dia, à noite, seu pai veio a falecer. Com tanta dor no coração, Rosali se mudou para o interior, para uma cidade chamada Camp City e lá viveram até Robert completar 18 anos.

Natalie é a garota que agora vive na mesma casa que antes morava Robert. Se mudou para lá logo depois que ela ficou disponível para venda. Mora com sua mãe, Martha e com seu pai, John. O pai era pastor e Natalie seguia as orientações de sua religião evangélica e como agora estava com dezoito anos, precisava escolher uma profissão para cursar na faculdade e também tinha um admirador, Sebastian. Mas para ficarem juntos eles precisavam passar o tempo juntos e entender se era aquilo que Deus queria para eles. Isso era o que a religião de Natalie esperava dela.

Depois de Robert aprender a tocar violão e ganhar um concurso em sua cidade, ele resolveu buscar rumos maiores e se mudou de volta para Riverston com o seu melhor amigo Christian, que tinha uma loja de instrumentos musicais. Robert trabalhava durante o dia na loja e nos finais de semana tocava em locais da cidade. 

Natalie e Robert eram muito diferentes em relação ao que desejavam para suas vidas. Robert tinha as festas, os seus costumes e não acreditava em Deus, enquanto Natalie acreditava que Deus traçava todas as suas ações, e raramente saia para algo que não fosse correto pela visão da Bíblia. Natalie um dia encontrou no porão de sua casa um pequeno violão com as iniciais N&R e queria descobrir qual a história por trás daquele instrumento e o real motivo pelo qual fora deixado esquecido em sua casa.

Com o passar do tempo Natalie e Robert se conhecem e uma grande admiração surge entre eles. Mas Robert não acredita em Deus e agora Natalie quer mostrar a ele que mesmo acreditando em outras coisas, há razões para crer em algo maior e que para tudo sempre há um motivo, uma razão de se existir na vida.



Autor: Alex Darcisio
Título Original: Quero me Apaixonar
ISBN: 9789895142439
Páginas: 302
Ano: 2015
Gênero:  Ficção /  Drama / Romance
Editora: Chiado








Quando li a sinopse de Quero me Apaixonar vi que se passava na década de 50 e que era um romance. Logo, não consegui deixar de desejar que fosse uma leitura com os detalhes da época e que pudesse me repassar com um certo cuidado um romance que não tenha tanto aquele tato erótico que os romances de hoje tem. Certamente o romance é vivido na década de 60, quando os personagens estão adultos e felizmente também há a interação que eu buscava em um cenário romântico.


Preciso confessar porém que tenho um enorme preconceito com livros que colocam em suas histórias algo relacionado à religião. Acredito que tudo o que for destinado a tentar mudar seu pensamento de forma drástica vai ser algo cansativo, uma vez que sou adepta a todas as religiões e não concordo com muitas coisas que as pessoas precisam fazer ou deixar de fazer pela fé. Mas é isto o que me surpreendeu de certa forma neste livro, já que quando vi que teria uma visão evangélica pelo fato da protagonista principal ser da religião, imaginei que o autor tentaria empurrar goela abaixo os costumes e tradições e seria um livro de fé. Não correu desta maneira.



Na verdade, é um livro altamente reflexivo. No início fiquei um pouco confusa sem saber quem estava contando a história e depois percebi que a história é narrada por Natalie, contando o passado mas de uma forma que parece um diário em que você não percebe que está voltando no tempo e sim que está acontecendo tudo aquilo no momento. 



O enredo é bem tradicional, mas não é nada com um clichê em especial. A história mostra a vida de diferentes formas de cada personagem e como eles se apaixonam mesmo acreditando serem diferentes um para o outro na forma de pensar e o quanto cada um poder fazer sacrifícios em relação a isto. As demonstrações de fé de Natalie são só um ponto do que ela acredita e que deseja compartilhar com Robert, da mesma forma que ele compartilha seus sonhos e momentos com ela.



É um a história com dois lados da moeda, sem ter o certo e o errado e sim o que o amor pode fazer quando as pessoas se apaixonam. O quanto cada um pode doar de si e compartilhar. Adorei a história por este lado. Teve momentos que eu imaginei que ficaria irritada se tivesse que ver o personagem mudando pela garota, mas não foi assim, foi extremamente natural. E mesmo assim não deixa de que em cada capítulo seja repassado mensagens positivas de vida e de coragem.



O final é um ponto alto da história, já que foi totalmente diferente do que eu havia imaginado. Não é um livro de suspense ou de mistérios, é um livro de descobertas. O autor não vai remeter o leitor a conclusões precipitadas ou forçar a encarar a religiosidade sem explicar suas razões e por isto eu achei a história positiva. Quero me Apaixonar tem momentos para pensar e para ver em que ponto de nossas vidas podemos reestruturar algo ou fazer o melhor a cada momento, indiferente da religião.

Um ponto muito negativo que posso relatar em relação à diagramação é a quantidade de erros. Na verdade esta é uma questão da revisão. Praticamente em todas as páginas encontrei um erro e isso foi muito incômodo. O tamanho da letra é ótima e a folha é amarela, o que facilita bastante na leitura.