Autor: Felippe Barbosa
Título Original: Os Quase Completos
Páginas: 384
Ano: 2018
Editora: Arqueiro



O Quase Doutor é um renomado cardiologista que passa os dias em um hospital, mas no fundo é um artista frustrado. A Quase Viúva é uma professora que está de licença do trabalho para ficar com o noivo, em coma após um grave acidente. O Quase Repórter é um jornalista decepcionado com a profissão que sofre há mais de um ano pelo suicídio da esposa. A princípio, a única coisa que essas pessoas têm em comum é a sensação de incompletude e de desilusão com a vida.
Até que, um dia, o Quase Doutor é persuadido por um velho desconhecido a embarcar com ele em um ônibus rumo a uma jornada para se reconciliar com seu passado. Logo a viagem se transforma em uma aventura extraordinária e, em meio a fenômenos como uma chuva de estrelas cadentes, ele precisa fazer escolhas que mudarão seu destino para sempre.
Enquanto isso, eventos misteriosos levam a Quase Viúva a suspeitar que alguém dentro do hospital quer matar seu noivo e uma pesquisa minuciosa do Quase Repórter revela que sua esposa pode ter sido assassinada. Quando os dois tentam descobrir a verdade sobre seus amados, tudo leva a crer que a resposta está dentro do ônibus do Quase Doutor.
Reunidos num lugar que nunca imaginaram existir, os três serão forçados a enfrentar seus maiores medos e verão que, para se tornarem completos, precisarão encarar a batalha mais difícil de todas: aquela que travamos com nós mesmos.

O Quase Doutor estava no seu dia escolhido para tirar a folga de seu trabalho exaustivo. Começara a considerar que aproveitar aquele dia mágico seria tudo até receber um telefonema do hospital para que ele voltasse. Foi assim que começou a conversar com um senhor estranho no ponto do ônibus que parecia saber algo sobre a sua vida. E naquele momento quando um ônibus A307 enferrujado e laranja parou na sua frente e o senhor embarcou oferecendo uma carona e uma aventura, o Quase Doutor resolveu que seria uma nova opção e seguiu em frente.

O Quase Repórter não consegue mais fazer o seu trabalho direito. Há um ano sua esposa foi atropelada por um ônibus e veio a falecer. Mas ele acreditava que ela não poderia ter se suicidado porque conhecia a sua mulher muito bem. Mas as investigações tinham terminado e o resultado final era este. Só que não era possível aceitar e ele iria investigar até onde fosse necessário.


"Ergui a cabeça e fitei os assentos à minha volta. Além de mim e Barfabel, três pessoas ocupavam o interior do ônibus. Um homem e duas mulheres. Todos eram extremamente idosos, o que me fez pensar se não estava sendo enganado e levado para uma casa de repouso. Afinal, o que raios eu fazia naquele ônibus? Por que havia entrado ali?" Pág. 31


A Quase Viúva estava cansada. Diretamente junto ao leito de seu noivo há alguns dias, deprimida e sofrendo, pensava como iria conseguir continuar com aquela dor em seu peito. Desde criança sonhava com o casamento perfeito e ver seu noivo naquele estado de coma e todo machucado não era nada fácil. Mas ele tinha sido atropelado e agora estava entre a vida e a morte e precisava aguentar firme.

O que ninguém sabia é que aquele senhor chamado Barfabel, na verdade estava levando o Quase Doutor para um mundo diferente, para o Oitavo Reino, onde tudo era como o Doutor desejava que fosse na sua vida real. As coisas aconteciam exatamente como ele sempre desejou desde a sua infância. Os sonhos virando realidade. Um mundo completamente perfeito de acordo com o seu coração. 

Mas tudo o que parece perfeito demais tem sempre o seu outro lado. Lutar pela perfeição traz consequências às vezes devastadoras e para isso muitas outras pessoas podem sofrer e outras mais terão que lutar para manter a realidade acesa. Basta saber se tudo o que se sonha é realmente um reino perdido ou um fruto verdadeiro.

"- Quando este tal Otávio entrou em coma, a senhorita entrou entrou em coma também? Por acaso estão ligados por alguma algema invisível ou pacto de sangue?
- O quê?
- Levante-se, mulher! Seu parceiro pode estar inconsciente, mas você não. Ele representa parte de sua vida, mas não sua vida inteira." Pág. 101
Este autor foi uma grande descoberta da Arqueiro. De início eu fiquei meio ressabiada com a leitura pelo estilo de fantasia ao qual a trama ia se encaixando e até os personagens se encaixarem perfeitamente achei um pouco lento o contexto. Mas isto durou somente poucos capítulos. Bem poucos na verdade, porque depois que consegui captar a verdade por trás de tudo o que foi criado por Felippe Barbosa, não consegui mais parar de ler.

A escrita do autor é bem do jeito que eu gosto. Tem uma desenvoltura bem culta e estruturada, com diálogos inteligentes e cheios de contexto. O cenário é bastante descrito e não deixa a desejar já que quando se cria um mundo de fantasia todo e qualquer pedaço que falte vai fazer desmoronar um pouco a mente do leitor.


Cada personagem tem a história contada em capítulos que são alternados com o do Quase Doutor que posso dizer ser o personagem principal da trama. Aos poucos fui me familiarizando com cada um até o ponto em que cada segredo vai sendo recontado desde o princípio. É então que ao ver a vida dos personagens desde a infância até o momento da trama atual traçada, que se tem um vislumbre da totalidade exata do que a obra quer relatar.

E é quando eu tomei um choque de emoção. Quando percebi que até aquele momento não tinha reparado na verdade que o autor tinha colocado à minha frente. Como não tinha reparado naquilo? Queria tanto poder contar para vocês o que é, mas aí eu iria dar um grande spoiler e estragar a leitura, mas foi um momento de grande revelação que quase gritei de emoção.

A partir deste momento meu coração se apertou e eu comecei a rever o meu passado e a perceber que eu também queria estar naquele ônibus, também queria viver aquela viagem e também queria poder escolher aqueles momentos. Que lição de vida! Que lição de amizade! Que lição de amor!


"Assim é a vida. Haverá sempre complicações e desafios. Fugir parecerá sempre mais fácil. Mas a verdade é que... não existe uma trilha mais simples. Tudo o que temos é aquilo que nos foi dado. E é ali que se deve aprender a encontrar a felicidade. Na vida como ela realmente é." Pág. 278
E como se um livro pudesse te fazer refletir sobre tudo aquilo que eu já tivesse escolhido para toda a minha vida, eu repensei em como as escolhas algumas vezes podem fazer a diferença. Mas nunca são definitivas. Tudo pode ser reiniciado. Nada tem fim. O errado é sermos incompletos.

Um livro que merece aplausos de pé de um autor que mereceu o prêmio Pólen de Literatura e que merece ter este livro levado às telas de cinema ou transformado em seriado para que todos possam perceber o quanto suas vidas devem ser transformadas naquilo que sempre sonharam. Na infância, na juventude e onde quer que estejam neste momento!

Obrigada, Felippe! Muito obrigada!


Tenho certeza de que de alguma forma você que é leitor vai se identificar com este texto. Isto mesmo, você que adora comprar livros, que ama ler e que provavelmente vai ter uma estante em casa com várias obras. Mas especificamente então se é você é um blogueiro do ramo literário.

Eu já raciocinei várias vezes sobre o que as pessoas sentem em relação a gentilezas, mas acho que muita coisa se tornou mais egoísta ao ponto desta coisa tanto de machismo como de empoderamento. Quando eu chego e tento dar algo para alguém, ou até mesmo convidar alguém para um simples picolé, a pessoa acaba se ofendendo se eu me proponho a pagar, tendo em vista que é uma coisa que não vai matar ninguém, certo?

E o que as pessoas pensam sobre quem é blogueiro literário? “Nossa, ela consegue ganhar livros, então lógico que o que vou fazer é pedir livros para ela.” Fato. 



Sempre comento sobre eu ter um blog já que é um grande hobby meu e acho que não conseguiria desistir dele e, como estou sempre com novos livros, as pessoas me perguntam como eu consigo eles. E então falo sobre as parcerias. Depois de um tempo sempre surge uma pessoa me pedindo certo livro já que eu tenho parcerias com editoras elas acham que podemos conseguir o que quisermos.

O fato é que não me importa que alguém me peça algo já que empresto meus livros sem nenhum problema, desde que a pessoa saiba respeitar e me devolver logo. Tem pessoas que depois que se passou um mês já estou pedindo livros de volta e elas acabam se ofendendo por isto. Mas nunca uma destas pessoas chegou e me ofereceu um livro por saber que eu gostava deles.

E é nisto que entra o fato de ser gentil. As pessoas querem sempre algo para elas, mas nunca querem oferecer a gentileza. “Poxa, você tem um blog de beleza? Estou precisando mesmo de maquiagens, consegue umas para mim!”. Já ouvi isso também.

Eu empresto meus livros, dou alguns, faço doação de outros, não sou apegada de nenhuma forma. Mas quando vejo pessoas interesseiras isso acaba chateando. É como aquela coisa: “Poxa, você é médico? Sabe que estou com uma dorzinha aqui, será que podia me dizer o que é?” Um pouco de troca de gentilezas nunca é demais ao invés de só querer ganhar coisas em cima das pessoas, é bom tentar fazer o papel contrário também. Quem sabe presentear a pessoa com um livro, no meu caso, se eu ganhasse, seria uma surpresa para lá de gigante.



Aposto que você já passou por uma coisa destas, acertei?

Então queira ser presenteado, mas também presenteie e seja gentil. Quem sabe assim as pessoas comecem a perceber que gentileza realmente gera gentileza?




SE VOCÊ ACOMPANHA A SÉRIE DE OUTLANDER JÁ PODE SURTAR!

Se tem uma saga de livros que eu amo demais é Outlander. Quando a Editora Arqueiro anunciou que lançaria a mesma e quando eu comecei a ler fui completamente ao delírio. A história que Diana Gabaldon inventou me levou aos limites da Escócia, da Inglaterra e de diversos países aos quais todos os livros até agora publicados estão sendo explorados.

O sucesso foi tanto que basicamente mais de vinte anos após a publicação da série de livros, virou seriado. Nada mais justo. E então a Arqueiro vem sendo o amor de sempre e consegue lançar novamente os primeiros títulos de acordo com o lançamentos das temporadas e coloca as capas com os personagens e o cenário de cada temporada. Novamente fui á loucura. Se você não conhece as novas capas de cada livro nova mente lançado, vem ver um pouco mais de cada uma.




OUTLANDER - A VIAJANTE DO TEMPO - LIVRO 1

Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não

compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem

guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
Neste primeiro volume é onde tudo começa quando Claire Randall sai de férias junto com o seu marido Frank Randall em Inverness depois da Segunda Guerra Mundial. É quando ela encontra durante um passei um monumento de pedras que parece ter vozes e a levar a escutar e sentir sensações estranhas. E quando ela volta ao local e encosta na pedra de alguma forma ela volta no tempo em 200 anos. Este livro foi para mim uma obra rara já que eu não conhecia basicamente nada da história da Escócia e Diana sabe escrever maravilhosamente o cenário, principalmente sobre a questão dos clãs. 

É onde Claire conhece Jaime, um jovem que é perseguido pelos ingleses e que luta ao lado de seu clã. É a partir deste momento que os dois vão começar a se conhecer melhor e a viver aventuras diversas. Também é aqui que são apresentados diversos personagens importantes que vão fazer parte da trama por um longo período, inclusive um grande vilão que só de me lembrar já me dá arrepios.


A LIBÉLULA NO ÂMBAR - LIVRO DOISClaire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... e sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Mesmo com tudo o que conhece sobre o futuro, como será possível salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?
No segundo livro da série, o início mostra o que acontece quando Claire volta para o seu mundo no tempo real e reencontra o seu marido da época, Frank. Ela precisou voltar porque uma guerra estava para eclodir e sabia que não poderia ficar mesmo que seu conhecimento tenha feito tentar com que esta guerra não acontecesse.

Depois de terem passado maus momentos na Escócia, Jaime e Claire vão para a França tentar convencer o príncipe da Escócia a não entrar na guerra contra os Ingleses e assim evitar o massacre que Claire sabe que aconteceria. É neste volume que toda a política acontece e muitas reviravoltas acontecem. Muito do que acontece neste livro é baseado na história real e o cenário é um luxo total já que á mostrada uma França bela e luxuosa.



O RESGATE NO MAR - LIVRO TRÊS

Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida: Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. 
Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… Seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois. Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, ele precisa retomar sua vida. 
As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nessa viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar? 
Esta é uma das obras que mais dói. É aqui que realmente vai ser conhecida a história por trás da volta de Claire, que ficou muitos anos longe de Jamie e o resultado do que tudo isto gerou. A história sobre os futuros frutos das pessoas que ela conheceu no tempo passado e como ela fez para conseguir descobrir onde e como Jamie estava. É aquele livro que vai te fazer chorar com os reencontros e também com o sofrimento. 

Não posso falar muito para não soltar spoiler do livro mas Diana consegue criar cada vez mais histórias e criar uma teia tão bem estruturada para que o leitor se apaixone tanto pelo casal que seja impossível tira os olhos das páginas. Sempre vai haver pedaços do presente e do passado na história, pois personagens surgem nos dois tempos.

Se você gostou das capas e das mini resenhas, te convido a conhecer o site especial que a Editora Arqueiro criou especialmente para quem curte ou quer conhecer os novos livros de Outlander.

                                                           OUTLANDER LIVROS

Também pode conhecer muito mais sobre a autora Diana Gabaldon clicando aqui.

E O MELHOR É A NOVIDADE QUENTINHA:
O novo volume de Outlander, o sexto, vai ser publicado em maio pela Arqueiro com o nome de UM SOPRO DE NEVE E CINZAS, e vai ser um volume único com os modelos de capa como as anteriores, já que a editora segue as capas com as fotos de temporadas conforme elas são lançadas pela emissora.

Então já sabe, né? Complete a coleção com as capas da série e se prepare porque em maio chega história nova e quentinha!

Você pode saber mais sobre cada livro e sobre as temporadas que foram lançadas até o momento.

Acredite, você vai se apaixonar por cada personagem, cada momento e cada cenário!







Autora: Emily Trunko
Título Original: The Last Message Received
Páginas: 176
Ano: 2017
Editora: Seguinte


A partir de contribuições anônimas, a jovem Emily Trunko reuniu nesta coletânea mensagens que contam histórias reais sobre os mais variados tipos de despedida: o fim de uma amizade, o término de um relacionamento ou até mesmo um acontecimento trágico que muda a vida do destinatário e do remetente para sempre.Enviadas por celular, por e-mail ou pelas redes sociais, essas mensagens narram perdas profundas e inspiram muita reflexão. Será que não deveríamos expressar mais o amor que sentimos pelas pessoas enquanto isso ainda é possível? Ou, em alguns casos, nos afastar o quanto antes daquelas que nos fazem mal?

Eu ainda sinto o peso das lágrimas que deixei rolar pelo meu rosto ontem ao terminar de ler esta obra. Na verdade desde o início do livro não consegui proibir de as lágrimas passearem pelo meu rosto e agora o que me sobra é uma dor e um certo peso dentro do peito. Precisava começar a escrever este meu sentimento no início da resenha já que um livro nunca me impactou tanto com histórias tão sinceras. 

Este livro é para ajudar pessoas em momentos difíceis a ver que outras pessoas também passam por momentos assim. Bem, eu tenho depressão há dez anos e este livro destruiu um pouco de mim, mas sei que também construiu algo: não posso permitir deixar a vida pois as pessoas sentirão minha falta. 

"Eu te amo de verdade. Você sabe disso, né?"
Ela entrou no mar para nadar. O corpo nunca foi encontrado. Acham que foi suicídio. Ela era minha namorada fazia dois anos. Eu também a amava de verdade.

Em quantos momentos você imaginou escrever um bilhete ou um recadinho para alguém e não o fez? Eu já pensei em vários. Em alguns eu fiz e em outros deixei de lado. Sempre sou aquele tipo de pessoa que pensa que tudo pode acontecer e que posso sair pela porta e naquele dia nunca mais voltar e que demonstrações de afeto são sempre necessárias. 

Mas acredito que com o tempo e as desilusões e mágoas que surgem na vida, as pessoas se desprendem de certos atos gentis. Pelo menos é o que demonstra algumas das mensagens que consta no livro. As relações estão cada vez mais superficiais e parece que terminar se torna mais fácil já que os sistemas de comunicação facilitam que as pessoas terminem sem nem precisar olhar nos olhos um do outro.







"Não vou dirigir bêbado. Prometo. Te ligo mais tarde, amor".
Ele dirigiu. E morreu naquela noite ao bater de frente com outro motorista bêbado. Ele tinha 22 anos.






O livro tem uma diagramação maravilhosa, bem ao estilo de Tumblr mesmo. Com uma imagem e a mensagem que a pessoa mandou. Abaixo, no rodapé tem a explicação do motivo pelo qual e por quem a mensagem foi enviada.



"Desculpa, mas era demais. Espero de verdade que você possa me perdoar. Diga ao papai que sinto muito, mas não consegui aguentar mais. Seja forte. Te amo, irmãzinha."
Bilhete que encontrei ao limpar o quarto da minha irmã, um ano após ela tomar uma overdose de comprimidos. Ela morreu duas semanas depois do meu aniversário, seis anos atrás, e ainda não sei se a perdoei.

Tem mensagens de pai para filhos, de avós para netos, de namorados, de irmãos. O que mais vi realmente foi de pessoas desistindo de suas vidas e o que percebo é que talvez aquela mensagem fosse um sinal de ajuda. Na verdade como uma pessoa que sabe o que é ter ideias suicidas, sempre é um pedido de ajuda. E também é o mais difícil.




A capa da obra é dura e as folhas são todas coloridas e super trabalhadas. Mas o teor emocional é algo muito intenso.  Indico a você ler em momentos sóbrios e felizes, pois se estiver em um momento balançado vai ficar como alguém em posição fetal chorando sem parar como eu acabei ficando. Imaginar os momentos descritos neste livro doeu tanto talvez por eu estar em um momento mais instável. Mas serve como lição, cada palavra descrita.




Sabe aquele momento em que você faz milhares de amizades pela internet já que a literatura une muitas pessoas? Ou então porque se tem um blog e acaba conhecendo muitas outras pessoas que também estão neste mundo literário ou de outros estilos culturais?

Pois é, e ainda mais quando na vida a gente conhece pessoas que tem os mesmos gostos que eu que quando vai se conversar sobre um livro, um filme, um seriado ou algo assim o assunto flui já que a pessoa está bastante a par do assunto? Parece a oitava maravilha do universo né?

E foi no meu ambiente de trabalho que conheci a minha agora amiga Cristina Venâncio. Lógico que a Cris é uma pessoa bem normal, até mais do que eu, claro, mas temos um amor em comum: os livros. No caso dela é pelo Nicholas Sparks em grande escala.

E em uma conversa sobre isso ela me fala que tem a coleção de livros do Nicholas Sparks. Não poderia deixar de trazer esta história que é um misto de amor e amizade que gerou um fruto ainda mais belo!


A história começa quando a Cristina conhece o que vem a ser o amor de sua vida e no dia de seu aniversário ela ganha de presente (olha aí um homem que sabe presentear), o livro do Nicholas: Um Homem de Sorte. 

Depois de ler Um Homem de Sorte ela se apaixonou e começou a ler todos os livros possíveis do tio Nick e claro que também veio a assistir os filmes que foram adaptados para o cinema. Mas muito mais do que isto é a questão de ser um caso de amor junto com o autor que também resultou a ela em colocar o nome do seu filho de Nicolas, claramente em homenagem e por achar lindo também.

Mas a coisa não para por aí. Teve um dia em que eu estava olhando e conversando com ela e vi uma tatuagem no braço dela com o nome do Nicolas e perguntei se era pelo autor, e ela me informou que era o nome do filho dela, e então conheci toda a história e não poderia deixar de trazer isto a vocês!



Ela tem uma coleção gigantesca e cada vez que surge um novo livro a Cris vai em busca de novas aventuras e romance do tio Nick. É extremamente legal poder ver pessoas que se entregam à leitura da mesma forma como a gente, já que o assunto é unânime.



E para quem não sabe, a Editora Arqueiro relançou a edição de Um Homem de Sorte especialmente aos leitores que amam o estilo do autor.


Durante uma missão no Iraque, o fuzileiro Logan Thibault encontra, enterrada no chão, uma fotografia de uma linda jovem sorridente. Logo depois, ele experimenta uma súbita onda de sorte – ganha todos os jogos de pôquer e até sobrevive a um confronto mortal. A explicação parece ser uma só: a foto que ele encontrou se transformou em seu amuleto.Ao voltar para casa, nos Estados Unidos, Logan não consegue tirar a jovem da cabeça e empreende uma jornada ao outro lado do país para encontrá-la. Na viagem, conhece Elizabeth, uma mulher divorciada, mãe de um menino, e é pego de surpresa pela forte atração que nasce entre eles.Enquanto ele e Elizabeth se entregam a uma enlouquecedora paixão, Logan decide não dizer nada sobre sua busca. Em pouco tempo, porém, esse segredo poderá separá-los e destruir não apenas seu amor, mas também a vida dos dois.Repleto de romance e suspense, Um homem de sorte é uma história inesquecível sobre os caminhos surpreendentes que o destino nos leva a seguir.
Se você tem uma história legal e quiser compartilhar aqui, mande uma mensagem para o blog que eu entro em contato!

Se você curte aqueles livros com contos de fadas ou então os romances de época com vestidos pomposos e lindos demais, ou até mesmo os livros de fantasia, vai gostar dos vestidos que a estilista francesa Sylvie Falcon produz.


Sabe quando você assiste um seriado, no meu caso aqui eu me recordo muito do Unce Upon a Time, e fica imaginando como seria vestir algum dos trajes dos personagens? Tudo pode ser real, já que esta estilista transforma tudo em realidade através da sua criatividade.


São vestidos feitos com a intenção de mostrar o mundo mágico por trás de tudo o que conhecemos e que pode não somente ser usado em uma cerimônia qualquer, mas que também é bastante procurado em seus desfiles por noivas e madrinhas de casamento, já que foge do usual de sempre.



O mais legal é que ela utiliza materiais como capas de livros, partituras de músicas e outros itens curiosos para justamente ficar parecido com a história que quer contar. Já se baseou em a Bela e a Fera, em Alice no País das Maravilhas e diversos contos.



Não sei dizer se eu andaria em algum lugar com estes vestidos, mas certamente se eu pudesse sonhar com alguma ocasião especial, eu iria querer ter um vestido destes para mim, principalmente se for aquele estilo de época já que acho lindo todo o contexto.



Se você gostou dos estilos de vestidos pode ver muito mais opções e até tirar algumas ideias na página do Facebook da autora. Lá mostra tudo bem direitinho e tem muitos modelos. Eu fiquei babando um tempão e não poderia deixar de vir mostrar para vocês como o mundo de sonhos e de leituras pode nos influenciar em ideias!

Quem quiser me presentear por favor me dê o segundo vestido que coloquei aqui, viu!



Mais uma vez estou feliz em poder compartilhar um filme que a Netflix colocou em seu catálogo este mês. Sou a louca das oportunidades em ver filmes diferentes e estava contando os dias desde que vi os filmes que entrariam em cartaz no início do mês.

Para quem não sabe, Aniquilação é o primeiro livro da trilogia Comando Sul do autor Jeff Vandermeer e acreditem que eu só fiquei sabendo disto agora o que me faz sonhar com uma continuação deste filme que querendo ou não teve um final com um ritmo de final mas que com certeza dá margem para mais história.

Uma bióloga (Natalie Portman) se junta a uma expedição secreta com outras três mulheres em uma região conhecida como Área X, um local isolado da civilização onde as leis da natureza não se aplicam. Lá, ela precisa lidar com uma misteriosa contaminação, um animal mortal e ainda procura por pistas de colegas que desaparecem, incluindo seu marido (Oscar Isaac).


Eu sempre gostei e gosto de filmes de ficção científica. O legal de Aniquilação é que há toda uma história a ser contada antes de tudo realmente começar a acontecer, já que nenhum plano fica solto e o espectador não vai ficar sem entender o contexto. No início do filme temos um pouco da personagem principal tentando explicar tudo o que aconteceu no período em que passou dentro do que eles chamam de Brilho, que é um grande lugar em que uma camada de brilho intenso está tomando conta e está crescendo cada vez mais.


O Brilho por dentro é lindo demais e cinco mulheres com especificações diferentes são enviadas para tentar entender o porque aquilo está acontecendo. O marido de Lena (Natalie Potman) foi enviado em uma missão anterior para buscar informações e quando voltou ficou gravemente doente e assim ela parte para ajudar a desvendar o mistério.

As coisas que elas começam a descobrir e a enfrentar são amedrontadoras. Um mundo mutante e totalmente diferente surge e ninguém sabe como elas acordam e o tempo passou tão rapidamente e não como um dia após o outro.


O enredo é bastante completo. Digamos que tenha um vai e vem aos poucos. Um pouco mostra a vida de Lena e do marido, e um pouco mostra o que elas vão descobrindo dentro do Brilho. Nem em todos os momentos as coisas são cheias de ação, mas para mim em todos os momentos a importância do enredo gerou a compreensão do resultado final.

Vou ser sincera e dizer que em alguns momentos o filme me deu medo. Imagina o que pode acontecer em um lugar que está em mutação o tempo todo. É um filme que faz pensar o quanto podemos nos afetar com coisas diferentes e como não estamos preparados para este tipo de coisa.



O filme não custou pouco. Foram 40 milhões para a produção e para mim valeu cada centavo. Só posso dizer que no final a coisa fica tão maluca que dá dor de cabeça para entender o que acontece, então é necessário prestar muita atenção no filme todo. 

Alguns podem não curtir o resultado no final, mas como eu disse lá no início, não sei se haverá continuação, mas mesmo assim o final foi bastante satisfatório. Mesmo que a beleza total do filme tenha sido super bem criativa, o medo, o suspense e a adrenalina acontece em muitos atos e a sensação de insegurança é real.

No final a resposta que ficou na minha cabeça foi: Será que já não estamos sofrendo este tipo de coisa?

Espero que tenha mais filmes mostrando o restante da história pois se não houver vou com certeza ler os outros dois livros.






Autora: Kathryn Ormsbee 
Título Original: Tash Hearts Tolstoy
Páginas: 376
Ano: 2017
Editora: Seguinte


Natasha Zelenka é apaixonada por filmes antigos, livros clássicos e pelo escritor russo Liev Tolstói. Tanto que Famílias Infelizes, a websérie que a garota produz no YouTube com Jack, sua melhor amiga, é uma adaptação moderna de Anna Kariênina. Quando o canal viraliza da noite para o dia, a súbita fama rende milhares de seguidores - e, para surpresa de todos, uma indicação à Tuba Dourada, o Oscar das webséries. Esse evento é a grande chance de Tash conhecer pessoalmente Thom, um youtuber de quem sempre foi a fim. Agora, só falta criar coragem para contar a ele que é uma assexual romântica - ou seja, ela se interessa romanticamente por garotos, mas não sente atração sexual por eles. O que Tash mais gostaria de saber é: o que Tolstói faria?

Natasha Zelenza é uma adolescente de dezessete anos cujo os pais são uma mistura de nacionalidades como tchecos e neozelandeses, e sua mãe adotou todos os ensinamentos budistas. Tasha, como prefere ser chamada, é vegetariana, enquanto sua irmã um ano mais velha adora tudo que tenha uma carne inclusa. Sempre foram ótimas amigas, mas agora que Klaudie está indo para a faculdade, parece que a amizade entre as duas se encontra bastante abalada.

"A primeira coisa que você precisa saber sobre mim é: eu, Tash Zelenka, estou apaixonada pelo conde Liev Nikoláievitch Tolstói. Este é o nome oficial dele, mas, como somos próximos, gosto de chamá-lo de Leo." Pág. 13

Apesar de Natasha não ser cheia de amigos pode sempre contar com Jack e Paul, os irmãos gêmeos que moram há apenas 12 casas da sua. Paul tem praticamente a mesma idade que Tash e Jack está quase perto. Mesmo sendo gêmeos, Jack é a melhor amiga de Tash e com quem pretende estar por toda a vida, mas é com Paul que parece conseguir manter as melhores conversas.

Tasha é fã de carteirinha do autor Tolstoi e seu romance preferido é Anna Kariênina. Tanto que ela resolveu criar uma webserie modificada para os dias atuais com o nome de Famílias Infelizes representando adolescentes no mesmo contexto do autor. Tash é a diretora, Jack é quem edita os vídeos e o restante de seus amigos são os atores. Família Feliz tem alguma audiência até que um dia por indicação de uma grande vlogueira a série explode do dia para a noite.

"A vida foi assim depois de setembro. Por quase nove meses. Nove meses. Como um período de gestação bizarro da minha identidade sexual que levou a... A quê? A uma menina? Mais ou menos... Como eu poderia ser uma menina se todas meninas eram serem sexuais?" Pág. 120

E agora as garotas precisam lidar com a série de fãs que aparecem nas redes sociais. E com os haters também e juntamente com isso ainda manter a sanidade com as notícias que surgem. Tash é totalmente envergonhada por ser uma pessoal que se apaixona por outra apenas romanticamente, se tornando assim uma pessoa assexual. Ela não consegue entender porque seu corpo não tem nenhum desejo por sexo ou por ficar nos amassos que as pessoas normais estão sempre comentando. Até entrar em um fórum e pesquisar sobre o assunto e perceber que isto existe sim da mesma forma que cada pessoa tem seu jeito de ser e de amar o próximo.

E quando Famílias Infelizes é indicada para disputar um prêmio no Tuba Dourada, Tash fica enlouquecida por saber que vai conhecer seu grande admirador, o vlogueiro Thom. E se eles se apaixonarem? Como vai ser a situação? Como explicar que ela é assexuada? Será que ele vai entender?

Em meio a descobertas, desabafos, amizades sólidas e desafios, Tash vai saber que no final é a amizade sólida que realmente conta.

Desde o início deste ano eu coloquei uma meta de ler livros diferenciados e não só na questão de gênero e sim na questão de ler realmente qualquer opção que aparecesse, pois sou uma pessoa que acabo me focando sempre nos dramas e não conhecendo coisas novas. 

Assim estou lendo bastante livros de Young adult e gostando bastante desta fase já que os livros que tenho descoberto não são histórias bobas e personagens chatos e sim aquela parte onde se descobrem os problemas e se encaram desafios.



"Então nossa alegre e pequena companhia estava formada: sete atores e duas cineastas, totalizando nove integrantes. Exatamente como a Sociedade do Anel. Bom, não exatamente. Mas na minha cabeça eu era Gimli, porque não tem ninguém mais legal do que ele." Pág. 74

A parte onde os personagens do livro criam uma websérie para retratar uma obra de Anna Kariênina vai ser muito bem utilizada para que momentos entre os amigos e conhecidos se entrelacem e assim outras histórias sejam contadas como, por exemplo, os sonhos de cada um de viver o momento e de planejar o futuro. Mostra principalmente a fase atual de diversos adolescentes que criam conteúdos para a Internet e que muitas vezes perdem o foco devido ao vício e a não saber parar no momento certo.

Mas a leitura é mais baseada na questão da amizade. Do quanto o apoio da família e dos amigos é importante e mais ainda como em momentos muito difíceis é necessário que todos estejam reunidos e de bem uns com os outros.

 


Tanto Tash quando Jack são personagens fortes mas diferentes que ao se encaixarem demonstram um afeto extraordinário. Logicamente o livro tem seus momentos tristes e pesarosos, mas é de uma importância para a fase familiar.

Há uma diferença sempre no estilo de vida contada em certos livros porque sabemos que a cultura dos EUA, por exemplo, é que os adolescentes depois de formados, sigam para a faculdade em qualquer lugar do país, saindo da casa dos pais, o que aqui no Brasil já não acontece. Então sempre há algumas divergências nesta questão, apesar de que eu fico babando imaginando como seria viver em uma república.

"Você é assexual? - ele pergunta. - Você tem, tipo, dezessete anos. Ninguém sabe que é assexual com essa idade. Sem querer ofender, Tash, mas não acha que talvez só esteja com um pouco de medo de sexo? Ou que ainda não é a hora? Porque não tem problema nenhum nisso, mas acho difícil acreditar..." Pág. 317

Agora um ponto que me chamou muito a atenção e que nunca tinha lido em um livro e nunca tinha pensado a respeito foi a questão de a personagem de Tash de ser assexual. Como é a descoberta, o conceito e o conhecimento que ela precisa enfrentar e até mesmo contar para algumas pessoas o que é isto. Pois muitas outras pessoas passam pela mesma questão e podem ter as mesmas dúvidas.
Isto sim foi tratado de uma forma fluída e simples e eu adorei saber mais sobre isto. Nada como um livro que traz conhecimento sobre diversidades de uma forma educativa e que enterte ao mesmo tempo.

Gostei bastante da leitura mesmo nem conhecendo Tolstói. O final foi tão doce que já queria pegar o avião e ir para a cidade de Tasha para entrevista-la para o blog, mas quem sabe em uma próxima?