Já estamos na metade do mês e agora preciso correr e mostrar para vocês o que já foi lançado pela Arqueiro para que não percam nada das novidades e lógico que para colocar em dia tudo de bom que a editora tem para os leitores.




MUDBOUND - LÁGRIMAS SOBRE O MISSISSIPI
Ao descobrir que o marido, Henry, acaba de comprar uma fazenda de algodão no Sul dos Estados Unidos, Laura McAllan, uma típica mulher da cidade, compreende que nunca mais será feliz. Apesar disso, ela se esforça para criar as filhas num lugar inóspito, sob os olhos vigilantes e cruéis de seu sogro.

Enquanto os McAllans lutam para fazer prosperar uma terra infértil, dois bravos e condecorados soldados retornam do front e alteram para sempre a dinâmica não só da fazenda, mas da própria cidade. Jamie, o jovem e sedutor irmão de Henry, faz Laura de repente renascer para a vida, enquanto Ronsel, filho dos arrendatários negros que trabalham para Henry, demonstra uma altivez que não será aceita facilmente pelos brancos da região.

De fato, quando os jovens ex-combatentes se tornam amigos, sua improvável relação desperta sentimentos violentos nos habitantes e uma nova e impiedosa batalha tem início na vida de todos.
Alternando a narrativa entre vários pontos de vista, este premiado romance oferece ao leitor diferentes versões dos acontecimentos. 

Os personagens, lutando por sentimentos de amor e honra num lugar e época brutais, se veem dentro de uma tragédia de enormes proporções e encontram redenção onde menos esperam.


AS CRÔNICAS DE MARTE
Uma princesa de Marte e As crônicas marcianas, dos mestres Edgar Rice Burroughs e Ray Bradbury, foram clássicos que influenciaram a imaginação de milhões de leitores e mostraram que aventuras espaciais não precisavam se passar numa galáxia distante, a anos-luz da Terra  para serem emocionantes. Elas podiam ser travadas logo ali, no planeta vizinho.
Antes mesmo do programa Mariner e da corrida espacial, a imaginação já povoava nosso sistema solar com seres estranhos e civilizações ancestrais, nem sempre dispostos a fazer contato amigável com a Terra. E, de todos os planetas que orbitavam o nosso Sol, nenhum tinha uma aura de maior romantismo, mistério e aventura do que Marte.
Com contos escolhidos e editados por George R. R. Martin e Gardner Dozois, As crônicas de Marte retoma esse sentimento ao celebrar a Era de Ouro da ficção científica, um período recheado de histórias sobre colonizações interplanetárias e conflitos antigos.

MEIA GUERRA
Apenas meia guerra é travada com espadas.
A outra metade é travada com palavras.
A princesa Skara vê todos os que ama morrerem na sua frente e o seu palácio ser consumido pelas chamas. Tudo o que lhe resta são palavras... Mas palavras podem ser tão letais quanto armas. Disposta a se vingar, ela enfrenta seus medos e aguça a inteligência, indo atrás de pai Yarvi.
O ministro de Gettland já percorreu um longo caminho desde a escravidão, fazendo aliados entre antigos rivais e estabelecendo uma paz instável. Porém, agora, a cruel avó Wexen arregimenta o maior exército desde que os elfos guerrearam contra a Divindade Única e põe Yilling, o Brilhante, como seu comandante – um homem que venera apenas a Morte.
Skara pode ser a peça que faltava para forjar de vez a aliança entre Gettland e Vansterland, alicerçada na fortaleza de seus antepassados, pronta a enfrentar a fúria do Rei Supremo. Nessa guerra, ela contará com o apoio de uma ministra inexperiente, mas leal, e de um matador imprudente que espera superar fantasmas de antigos conflitos sangrentos.
Neste último episódio da série Mar Despedaçado, finalista do British Fantasy Awards, Skara e Yarvi lideram a grande e aguardada batalha rumo a um desfecho inimaginável.



Todo início de ano eu paro para pensar o que posso fazer de bom para melhorar na vida ou melhorar alguma coisa que está me atrapalhando. Já pensei em milhares de coisas que deveria fazer todos os dias, mas não adiante, quando não há uma obrigação ou esforço suficiente eu acabo largando, pois se eu não curto de verdade fazer aquilo não vai ser de forma rígida que vou incluir no meu dia-a-dia.

Porém na questão literária eu me peguei pensando em várias coisas: desde os livros que tinha há algum tempo nas minhas estantes e sempre ficava dizendo que ia ler até aqueles livros que sempre digo que quero tentar ler de algum autor ou autora diferentes e acabo nunca fazendo e deixo de conhecer novas formas de escrita.

Assim tracei algumas metas simples para que a minha própria  meta de literatura do ano consiga ter uma melhor qualidade.

1 - Doar e trocar livros.
Comecei bem o ano neste quesito. Me desfiz em trocas e em doações de livros de cerca de 60 livros da minha estante, já que eu sabia que não ia ler porque alguns eu acabava comprando em promoção só porque estava ali baratinho e nunca mais saia do lugar. Fui em um sebo e fiz trocas ótimas que eram de meus desejados e também deu outros desejados para algumas pessoas. O engraçado é que não sou uma pessoa apegada que sofre com o empréstimo ou a troca, ainda bem.

2 -  Ler mais clássicos.
Não acho que seja uma obrigação a pessoa ler clássicos. Acredito que depende de cada pessoa e do gênero que ela prefere. Eu não leio muitos clássicos pois sempre aparecem outros livros na frente. Clássicos nacionais eu li quando era mais jovem e acabei quase com as opções que tinha, pois me apeguei demais na escrita deles e hoje o que posso fazer é relê-los e não sou muito fã de reler livro, ao menos que de fato não lembre da história. Mas gostaria de ler obras da Jane Austen, Agatha Christie e por aí vai, pois inclusive já até comprei os livros, mas estão lá encalhados.

3 - Ler contos.
Tenho um certo probleminha para ler contos. Não é que eu não goste. Mentira, é sim. Ai, isto é muito contraditório. Sou muito apegada em histórias mais complexas, que tenham mais desenvolvimento, mais ritmo e um conto basicamente vai ter menos páginas e quando eu vou ver, acabou. E então eu fico vendo navios e imaginando mais um monte de coisas. Mas eu vou tentar começar a colocar nas minhas metas alguns contos para ir mudando a minha visão sobre o fato.

4 - Comprar somente os desejados.
Esta é a segunda parte do primeiro item. Eu saio comprando tudo que é livro que está em promoção e eu acabo não lendo metade. Então agora coloquei em mente que todas estas promoções que saem nas lojas não vão mais me prender. Vou tentar adquirir somente o que tem na minha gigante lista de desejados para que depois eu não tenha que me desfazer sem ler.




1 - Não caia em qualquer promoção.
Um ponto principal é você estar sempre olhando o preço dos livros em livrarias e lojas virtuais. Essas coisas de promoções que dão frete grátis na verdade acaba aumentando o valor do livro ou então um livro entra com um preço bem baixo em um momento e depois está com o triplo do preço. Por isso eu sempre cuido para não ficar comprando em todas as promoções que saem porque dependendo do que eles oferecem o preço sai o mesmo.

2 - Faça trocas pelo Skoob Plus.
Depois que eu comecei a fazer trocar pleo Plus eu consegui diversos desejados meus que era difícil conseguir comprar por um preço razoável. E sempre estão em ótimo estado além de que eu faço novos amigos. Se você não curte muito o Plus, dá para fazer troca de livro x livro.

3 - Sempre leia mais de uma resenha.
Quando e se você for buscar opinião sobre um livro que deseja em alguma resenha de blog, busque sempre em mais de uma blog. Falo isto pois blogueiros tem opiniões diferentes e também colocam detalhes diferentes. Existe também aquela questão em que certo blogueiro pode ser parceiro da editora e não quer ser muito sincero em relação ao livro e fala somente as partes boas, mesmo que não haja. Não estou dizendo que todos sejam assim, mas acontece, ok?

Espero que você aproveite suas leituras e seu ano e depois comente por aqui o que achou!








Autora: Nadia Hashimi
Título Original: The Pearl that Broke its Shell
Páginas: 448
Ano: 2017
Editora: Arqueiro

Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.

Rahima é uma menina de apenas nove anos que vive em um país com grandes dificuldades. O Afeganistão está em guerra há alguns anos e tantos pessoas dentro de seu território quanto fora dele querem as riquezas que o país pode oferecer. E o problema é que a pobreza também afeta as famílias menores e das pequenas cidades. E Rahima é de uma família assim. Suas irmãs são mais velhas, porém viver com um pai que guerrilha junto de um homem poderoso e que nunca fica sóbrio quando está em casa é um martírio.

A única opção e conforto é a escola, onde elas podem frequentar, desde que os meninos não as olhem e não as persigam, já que a tradição do país diz que se um homem ficar atrás de uma mulher ela se torna impura. E é assim que pensam todas as pessoas. A família de Rahima não conseguiu gerar um herdeiro e sua mãe se tornou amaldiçoada pela família do marido. 

Outro consolo é a tia Khala Shaima, uma solteira que não conseguiu se casar por causa de seu defeito nas costas, já que isto é visto como uma maldição, apesar de que a irmã mais velha de Rahima também ter uma condição igual. Khala é uma alma nobre que cuida das sobrinhas como se fossem suas filhas e nunca desiste delas, mesmo que isto enfureça Padar-Jan, o pai das meninas.

"A sobrevivência de Shekiba foi nada menos que um milagre, outro presente de Alá. Embora seu rosto tivesse sarado, ela não era mais a mesma. Desse dia em diante, Shekiba ficou dividida ao meio. Quando sorria, apenas metade do rosto sorria. Quando chorava, apenas metade do rosto chorava." Pág. 24

Com a raiva de Padar-Jan, certo dia ele decide que as filhas não poderão mais voltar para a escola. A forma encontrada para fazer com que pelo menos a filha mais nova, Rahima, continue indo para a escola e frequentando lugares na cidade é que ela se torne uma bacha posh, que é uma menina que se torna um menino até os dez anos de idade. E é assim que Rahima passa a viver os seus dias, até que uma grande confusão faz com que Padar-Jan decida casar as suas três filhas mais velhas com homens cruéis.

Ao saber que aos treze anos teria que se casar com um homem com o triplo de sua idade, o desespero de Rahima foi imenso. Não somente isto mas também saber que Parwin, com sua deficiência teria que encarar uma família ruim que a maltrataria. E assim sua tia começou a contar a história de Shekiba, uma trisavó que por conta do destino passou pela mesma experiência, e que poderia fazê-las entender que em um mundo em que os homens acreditam que a crueldade reina, tudo pode mudar.

"Badriya não teve nenhuma dificuldade em me colocar para trabalhar. As outras também não viam nenhum problema. Embora houvesse muitas criadas no complexo, as mulheres pareciam ter um prazer especial em me fazer assumir as tarefas mais servis, especialmente porque eu me atrapalhava." Pág. 177

Shekiba nasceu em uma família extremamente humilde. Seu pai, mãe e irmãos trabalhavam arduamente na terra para prover a comida que precisavam. O problema é que aos três anos de idade Shekiba sofreu um grave acidente que deixou parte do seu rosto deformado para sempre e assim todas as pessoas tinham repulsa ao olhar para ela.

Depois de toda sua família morrer com uma grave doença, Shekiba fica anos sozinha até seus parentes resolverem que a terra de seu pai deve ser disputada e ela morar com sua avó e outros familiares. É neste momento que começa o sofrimento de Shekiba com o tratamento diferenciado, sendo tratada como escrava.

Em idas e vindas Shekiba acaba sendo dada como escrava para o rei e volta a se tornar uma bacha posh em um reino cheio de mistérios. Agora há uma possibilidade maior de conforto e dedicação, além da liberdade de viver como um homem. Porém novos acontecimentos vão mudar os rumos de toda uma história.

"De certa forma, acho que ela era a mais corajosa de todas nós. Parwin, minha irmã dócil e tímida, foi quem tomou uma atitude no final. Ela foi a única que mostrou aos que a cercavam que já havia suportado abusos demais. Como Khala Shaima disse, todo mundo precisa de um escape." Pág. 195

Aos poucos depois de ler esta obra fui me adaptando ao que tinha lido. Foi uma experiência diferente em questão de cultura e totalmente enervante em alguns momentos sobre como as mulheres eram tratadas. Sofri imensamente ao ler as cenas onde as mulheres passam pela tradição do casamento, da noite de núpcias, do que são cobradas e do que os homens esperam delas. É uma coisa tão cruel que me vi querendo rasgar as páginas em muitos momentos.

E então me dei conta de que a realidade é exatamente esta. Um lugar onde as mulheres não tem uma opção de escolha e que vivem na sombra do medo e das agressões físicas o tempo todo. 

E é por esta razão que acredito que nós seres humanos já perdemos há muito tempo um pouco da humildade e dor amor condicional ao imaginar que o outro deve ser jogado à própria sorte. Luta-se por direitos iguais enquanto em outros países uma mulher é morta por apedrejamento por um motivo simples.

A autora sobre como expressar o sentimento sobre a sua origem, desde o início do século passado até as guerras que ocorreram no país e as consequências geradas disto tudo. Rahima e Shekima são entrosadas em capítulos diferentes para mostrar como mesmo em gerações distintas o tratamento acaba sendo o mesmo.

 

Só li verdades em um cenário castigante, em uma cultura rica porém acostumada a ser usurpada pelo tempo e pelos interesses políticos. Uma obra que com certeza vai afetar o emocional e o sentimento e trazer à tona as mais diversas sensações. É como um grito no escuro, um pedido de socorro que, espero eu, chegue logo a todas as nações que tendem a traduzir seu lema em sacrificar sua espécie.




Falou em Will Smith falou na minha pessoa assistindo a todos os filmes dele. Com certeza sou uma fã bastante assídua quando há alguma atuação do ator.

Bright é um filme que disparou sua atenção para a mídia desde a metade do ano passado e que deixou muitas pessoas curiosas sobre o fato de ser um filme de ação e fantasia ao mesmo tempo sendo que o estilo de inclusão de fadas, orcs e elfos é algo que já assoma os olhares de curiosos que gostam do gênero.

Mesmo antes do filme dar o ar da graça na Netflix, Will Smith conseguiu o feito de obter o aval da mesma para uma sequência do filme e isto que a reação do público nem tinha sido testada ainda.

Confesso que minha curiosidade ficou contando os dias para que o filme entrasse na programação e assim que o dia 22 de dezembro chegou lá fui eu me jogar na aventura do que seria um filme épico para alguns. Nem tanto para mim, infelizmente.



Sinopse: Em um mundo futurista, seres humanos convivem em harmonia com seres fantásticos, como fadas e ogros. Mesmo nesse cenário infrações da lei acontecem e um policial humano (Will Smith) especializado em crimes mágicos é obrigado a trabalhar junto com um orc (Joel Edgerton) para evitar que uma poderosa arma caia nas mãos erradas.



Em um mundo onde diversos seres diferentes convivem mesmo que separados por bairros elitizados ou não, o preconceito é um dos maiores fatores que o filme traz para o público. No caso, um dos personagens principais, o orc Jakoby, não faz parte de nenhum clã e se dedica principalmente ao seu cargo na polícia. Mesmo assim ninguém gosta dele e mais ainda ninguém gosta de ser seu parceiro, o que acaba sobrando para Ward, no papel de Will Smith.




O filme é completamente cheio de ação se for isto o que vai buscar de entretenimento. Com isto você pode contar do começo até o final. Na verdade nas primeiras cenas do filme já temos uma jogada básica que faz com que a parceria entre o Ward e o Jakobi se torne complicada pelo fator que acontece e depois disto apesar de eles sempre estarem mais na calma e não desejarem se meter em confusão, claro que é o que mais vai acontecer.


O engraçado no personagem do orc é que ele não tem o mesmo jeito dos humanos, ou melhor, ele não entende as ironias e piadas e isso gera algumas gargalhadas, principalmente com o estilo do Will de saber fazer caras e bocas sem precisar emitir algum diálogo. A fantasia se dá por conta de eles terem que proteger uma Brigth, que tem uma varinha mágica capaz de prover qualquer poder que uma pessoa deseja. 


A fantasia, o cenário e a fotografia estão de parabéns, já que toda a maquiagem é muito perfeita. Vai ter o lado da gangue que quer a varinha, o lado que quer a Brigth, o lado que quer evitar que o mal volte a liderar e no meio disto muita luta, muita correria. Parece que faltou um pouco mais para mim apesar de que a questão da amizade também foi muito bem trabalhada. O lado humano partiu de todas as raças e acho que isso foi um choque e um tapa na cara da sociedade que precisa ver que ninguém é diferente de ninguém.


É um ótimo passatempo já que o filme é curto e a adrenalina corre solta. É uma pedida para ver com a família, mesmo que tenha algumas cenas de luta que acabam em sangue, mas claro, não considero para crianças menores de idade. Fora isto há uma base ótima para continuação mesmo que este não deixe nem um pouco com fios soltos.









Autor: Ique Carvalho
Título Original: Trago seu amor de 
volta sem pedir nada em troca
Páginas: 240
Ano: 2017
Editora: Sextante


A vida de Ique Carvalho era tranquila e parecida com a de muitos jovens de Belo Horizonte, sua cidade natal. Ele morava com os pais e os irmãos, era apaixonado pela namorada e trabalhava na agência de publicidade da qual era sócio. Suas impressões sobre o cotidiano iam para o blog The Love Code, onde podia dar vazão ao seu talento para escrever. Até que, em 2013, dois fatos fizeram tudo virar de ponta-cabeça.
Na mesma semana, seu namoro teve um fim traumático e o pai recebeu o diagnóstico de uma doença degenerativa grave, que o mataria aos poucos. Sem chão e em meio a um turbilhão, foi no blog que encontrou refúgio para expressar seus sentimentos.
Os textos fortes e genuínos acabaram viralizando, popularizando o site e dando a Ique milhares de fãs e seguidores. Suas palavras possuem o incrível dom de ser, ao mesmo tempo, simples e profundamente verdadeiras, traduzindo o que há de mais puro e desejável no amor.
Essa mesma capacidade de causar impacto e despertar as emoções dos leitores permeia as reflexões tocantes de Trago seu amor de volta, seu aguardado segundo livro solo. Ique mais uma vez demonstra sua vocação única como cronista do amor em todas as suas expressões.
Quando se inicia a leitura de um livro com um título tão procurado por muitos amantes que por algum motivo já passou por algum tipo de dor, o que se acha dentro desta obra nada mais é do que milhares de verdades de diversas formas.

Quantas vezes já parei e li em muitas revistas aquelas ofertas de pessoas que prometiam trazer o amor de volta, pedindo logicamente algo em troca? E cada vez que vejo estes anúncios eu penso em como o mundo mudou em relação ao amor, como tudo se tornou mais irreal, como as pessoas começam uma coisa e no dia seguinte estão terminando a mesma coisa que disseram que seria para sempre. 

Nesta obra conheci o autor Ique Carvalho e já no segundo texto ele fez meu coração se derreter completamente. A forma como há a exposição de sua emoção em relação ao amor em geral e de como ele mesmo experencia todas as questões mostra que todos sofremos do mesmo bem ou para alguns do mesmo mal: o de amar.

"Eu queria que as pessoas parassem de ir atrás de quem foi embora, fechou a porta. E jogou a chave fora." Pág. 23

Em cada início de texto há junto com o título a indicação de uma música para ser ouvida junto, que vai fazer você ficar mais íntima daquele diálogo junto ao autor. Os textos são curtos, com não mais do que três páginas, sempre terminando com uma imagem e uma frase de impacto para fazer refletir sobre o que foi lido.

Percebi que amor, gentileza e tudo o mais sempre nasce com a pessoa, isto foi o que Ique me fez ver, já que em um mundo onde as pessoas querem muito a questão da imagem, um simples bom dia e boa noite simples já reverbera em um ato de simplicidade no quesito de amar.



"Eu só quero lhe pedir que, por alguns minutos, deixe os problemas de lado em favor de lago mais importante: o amor.
E, não sei se você sabe, mas dentro de todo o amor existem desafios, perdas, frustrações e todas estas coisas servem para fortalecer você." Pág. 92



O livro traz textos sobre perdas, sobre consciência, sobre desafios, sobre lutas. Nada que quem já viveu um amor não deva ter passado, mas o maior sentimento do livro é que ninguém deve viver sem amor, ninguém deve sentir mais orgulho do que humildade e ninguém deve acreditar que muitas desilusões vão fazer o coração desistir.

Eu já sofri muitas desilusões e já desisti de tentar e lendo todos estes textos percebi que são pessoas como o Ique que me fez ter percepções diferentes, que nunca podemos desistir mesmo que diante de muitas desavenças. Existe todo tipo de pessoas e mesmo que não apareça a certa no momento que se deseja, devemos procurar sempre, nunca esquecendo do que está dentro de nós, que somos únicos.

Uma bela obra que merece ser lida, relida e guardada para sempre que o coração apertar, servir de consolo.




Autora: Dani Atkins
Título Original: Our Song
Páginas: 368
Ano: 2017
Editora: Arqueiro


Ally e Charlotte poderiam ter sido grandes amigas se David nunca tivesse entrado em suas vidas. Mas ele entrou e, depois de ser o primeiro grande amor (e também a primeira grande desilusão) de Ally, casou-se com Charlotte. Oito anos depois do último encontro, o que Ally menos deseja é rever o ex e sua bela esposa. Porém, o destino tem planos diferentes e, ao longo de uma noite decisiva, as duas mulheres se reencontram na sala de espera de um hospital, temendo pela vida de seus maridos. Diante de incertezas que achavam ter vencido, elas precisarão repensar antigas decisões e superar o passado para salvar aqueles que amam. 

Joe e David são dois homens que estão em um grande apuros no hospital, onde sofreram um acidente no mesmo dia, como se fosse um dia qualquer com um destino de vida qualquer. O problema de toda esta questão é que estas duas vidas que correm perigo vão fazer com que muitos anos também sejam colocados à prova.

Ally e Charlotte eram amigas há muito anos atrás, quando Ally conheceu Charlotte quando seu namorado David entrou para a faculdade. Naquele momento estar convivendo com outras pessoas em um casa para curtir os anos que se seguiriam pela faculdade parecia um sonho a ser considerado. Ally tinha conhecido um homem querido, que a amava e a respeitava de todas as formas e tudo parecia se encaixar perfeitamente com os sonhos que ela queria para si.

"Reconheci a voz de imediato. Eu tinha um bom ouvido, e a voz dele era bastante singular. Portanto, não havia motivo para ter medo, nem para as batidas do meu coração terem quadruplicado a velocidade. Virei a cabeça devagar e o vi encostado em uma das árvores iluminadas por lâmpadas cintilantes, uma taça de champanhe em cada mão." Pág. 73
Porém por idas e vindas do namoro de David e Ally, dos encontros e desencontros e de muitas conversas não esclarecidas, os dois acabam se perdendo no tempo e assim Charlotte que sempre amou David pode mostrar a ele a verdade no seu coração.

Agora as duas ex-amigas estão naquele mesmo hospital vendo os seus maridos lutarem pela vida de uma forma diferente, precisando passar pela mesma situação, pelos mesmos sentimentos e agonias e de uma certa forma reviver todas as cenas do passado para conseguirem entender como tudo aquilo foi acontecer de uma forma tão cruel.

"Eu devia estar pulando de felicidade e socando o ar em um gesto de vitória, agora que David estava solteiro de novo. Mas, em vez disso, eu me encontrava na frente da porta de Ally, ensaiando a fala que vinha preparando o dia todo. Repassando as palavras com que eu pretendia convencê-la a voltar para o namorado." Pág. 244

Para mim a Dani Atkins é uma das pessoas que melhor sabe escrever sobre as dores e os dramas da vida. Desde seu primeiro livro publicado pela Arqueiro ela já mostrava que sabia lidar com os sentimentos internos e que a dor muitas vezes pode ser uma forma de entender como a vida funciona.

Demorei um pouco para ler o livro pois consegui ler o spoiler principal do livro em um grupo no Whatsapp e assim fiquei super chateada de começar a ler uma história onde eu já saberia o final. Mas depois que comecei também não consegui mais parar. 



Em diversos momentos me peguei pensando como há idas e vindas em tudo quanto é relação e como isto de certa forma influencia todo um futuro. Torci por cada personagem e em nenhum momento achei que qualquer um deles fosse um vilão ou mocinha. Porque tudo não passou de um desenrolar e até mesmo no final me peguei pensando se não deveria ter sido diferente.

Nossa Música vai fundo no coração e traz tantas emoções que fiquei imersa em pensamentos. Fala sobre a amizade, o amor eterno e controverso, as decisões que podem mudar tudo e como as atitudes sinceras desencadeiam emoções sinceras.

Mais uma vez Dani Atkins sendo Dani Atkins e fazendo chorar.



Se você não conhece a autora Frances de Pontes Peebles nesta matéria você vai saber um pouco mais sobre esta autora que está trazendo nas folhas de seu livro junto da editora Arqueiro uma história de luta e dificuldades que conquistou o coração dos brasileiros simplesmente pelo fato de mostrar muito da realidade brasileira no Nordeste.

Frances nasceu aqui no nosso Brasil e depois passou grande parte da vida nos Estados Unidos, porém seu desejo sempre foi escrever uma história que relatasse a vida das mulheres cangaceiras.

Inicialmente a obra foi publicada pela editora Nova Fronteira, e como teve todos os livros vendidos, os direitos foram adquiridos pela Editora Arqueiro sendo que a obra também já foi traduzida para diversos países.

Logicamente isto além de ser um sonho se tornou facilmente uma realidade já que a obra foi publicada inicialmente pelo nome de A Costureira e o Cangaceiro, porém para ter mais um valor lógico, foi republicado com o nome de Entre Irmãs também para ficar melhor no quesito de adaptação para o cinema.


Na obra cinematográfica temos Marjorie Estiano e Nanda Costa no elenco. 
Em uma entrevista a autora confessa que quando começou a procurar ideias para formar o livro percebeu que as mulheres cangaceiras não eram tão formalizadas e que não tinham o seu espaço na literatura e que acabou fazendo uma homenagem a sua avó e sua tia com os nomes dos personagens. Lógico que a autora indica sempre ler o livro antes de ver a obra pois assim dá mais um teor para todo o cenário e há resquícios e detalhes que não aparecem diretamente na obra visual.


Sinopse do livro: Nos anos 1920, as órfãs Emília e Luzia são as melhores costureiras de Taquaritinga do Norte, uma pequena cidade de Pernambuco. Fora isso, não podiam ser mais diferentes.
Morena e bonita, Emília é uma sonhadora que quer escapar da vida no interior e ter um casamento honrado. Já Luzia, depois de um acidente na infância que a deixou com o braço deformado, passou a ser tratada pelos vizinhos como uma mulher que não serve para se casar e, portanto, inútil.
Um dia, chega a Taquaritinga um bando de cangaceiros liderados por Carcará, um homem brutal que, como a ave da caatinga, arranca os olhos de suas presas. Impressionado com a franqueza e a inteligência de Luzia, ele a leva para ser a costureira de seu bando.
Após perder a irmã, a pessoa mais importante de sua vida, Emília se casa e vai para o Recife. Ali, em meio à revolução que leva Getúlio Vargas ao poder, ela descobre que Luzia ainda está viva e é agora uma das líderes do bando de Carcará.
Sem saber em que Luzia se transformou após tantos anos vagando por aquela terra escaldante e tão impiedosa quanto os cangaceiros, Emília precisa aprender algo que nunca lhe foi ensinado nas aulas de costura: como alinhavar o fio capaz de uni-las novamente.
Autora: Frances de Pontes Peebles
Título Original: The Seamstress
ISBN: 9788570418197
Páginas: 576
Ano: 2017
Gênero:  Ficção / Romance
Editora: Arqueiro


Após o sucesso nas telas a Rede Globo também adquiriu os direitos de exibir o filme e optou por exibi-lo como uma minissérie que começou na segunda-feira, dia 01/01 e vai até a sexta-feira da mesma semana após a novela Do Outro Lado do Paraíso.

Se você perdeu os dois primeiros capítulos pode assistir na íntegra no site do Gshow e claro que pode conferir tudo com muitos detalhes através da obra literária publicada pela editora Arqueiro.



A autora não para por aí, já tem um livro em andamento que vai contar a história de duas cantoras pernambucanas que vão tentar a sorte nos Estados Unidos. Parece que o sucesso e a raiz brasileira está no coração da autora que promete encantar ainda mais com sua escrita.

Conheça mais sobre a autora em sua página no Facebook e mais sobre a obra no site da Editora Arqueiro.






Então estou começando as matérias deste ano, já que também terminaram as férias e estou voltando com uma força renovada. E claro que não poderia faltar aquela coisa básica de fazer uma análise dos livros lidos e indicar quais foram as melhores feituras.



Este ano não consegui bater a minha meta que era de 56 livros, um por semana. Em 2016 eu consegui ler 73 livros, porém também não estava trabalhando e estudando e claro que isto pesou bastante. Mas também li muitos livros cheios de qualidade e bem mais longos.

E então, eis aqui as cinco melhores opções de leitura de 2017, sendo que depois vou indicar mais cinco.



Lógico que precisava começar com uma das melhores leituras que tive este ano. Sou só elogios para Ken Follett que consegue escrever como ninguém em relação a fatos históricos. Neste livro ele trata sobre a parte da realeza no período de Maria Tudor e tudo o que acontece entre a Inglaterra, Escócia, França e Espanha. É um ritmo alucinante e cheio de personagens envolventes.



Este é o quarto livro da saga As Sete Irmãs e Ceci me comoveu de uma forma que é inexplicável. Eu não leio muitos livros que envolvam a Austrália como país principal e tudo o que veio deste foi uma surpresa sem fim. Toda a narrativa que Lucinda envolve é lindo, tanto no passado como no presente e as emoções vão fluindo facilmente. 



Muitas pessoas acharam ruim, mais outras tantas acharam maravilhoso. O mundo cinematográfico resolveu que deveria ir para as telonas e eu precisava ler ele. E quando finalmente consegui entrei para o time que ficou fascinada pela história. É de dar um medo absurdo e ficar imaginando como se conseguiria viver em um mundo assim. E mais ainda quando se espera uma continuação.


Mesmo que eu não seja tanto apegada em fantasias e distopias, adoro este autor. Ele escreve com furor e sabe prender a cada página. E neste não foi diferente já que a história envolve uma questão que pode ser considerada futurista onde as pessoas não morrem, mas temem serem mortas por Ceifadores. Um mundo onde interesses políticos existem e onde o mal e o bem sempre coexistem.



Dani Atkins é Dani Atkins. Ela é basicamente Nicolas Sparks de saia. Se você precisa chorar e ficar totalmente arrasada é com os livros dela. Na verdade as histórias são tão reais e tão emotivas que quando começa a ler não tem como parar mais. Nossa Música retrata uma vida onde os destinos se cruzam mas ao mesmo tempo escolhas precisam ser tomadas e mesmo assim parece que a dor vai assolar o coração de todos.


Estas são as minhas cinco primeiras opções, mas isto não significa que tenha sido as melhores em sequência. Li livros muito bons em 2017 e espero que continue assim neste ano.